O Sesc levou o grupo Raízes do Porto em turnê pelo Estado por dois meses O incentivo dado a grupos teatrais de Porto Velho pelo Sesc Rondônia ultrapassa os limites da Capital do Estado e leva os artistas a um número cada vez maior de espectadores.
Sem limitar a participação de grupos ou artistas em eventos realizados ao longo do ano, o Sesc Rondônia trabalha com a apresentação de diversos gêneros teatrais nos mais diferentes municípios do Estado.
A atriz Ângela Cavalcante, do grupo Quebra Cabeça, fala com satisfação da participação no projeto Cultura Sesc Itinerante.
“Passamos dois meses em viagem pelo interior do Estado e vivemos a experiência espetacular de conhecer novas plateias e apresentar nosso trabalho para crianças que jamais poderiam ir ao teatro se não fosse uma ação gratuita do Sesc”, comenta a atriz, que atua na peça “O médico camponês ou a princesa engasgada”.
Ângela Cavalcante também comemora a possibilidade de viver outras realidades e conhecer plateias da zona rural, principalmente as crianças. “É grandioso poder ter uma visão de mundo diferente daquela que estamos acostumados. Este registro não tem preço. É um incentivo cativante para o artista, que é tratado com todo profissionalismo possível pela equipe do Sesc”, completa a atriz.
Outro artista que compartilha da felicidade em percorrer o Estado, por meio dos projetos culturais do Sesc, é Eulles Lycaon, que faz parte do grupo de teatro Evolução, que conta com oito associados.
Para Eulles Lycaon, o Sesc valoriza o artista de maneira incontestável e acredita na cultura em Rondônia. Ele explica que participando dos eventos realizados pelo Sesc conseguiu perceber a carência por arte que a população possui.
“Participamos de vários projetos como o ‘Cultura Sesc Itinerante’, ‘Aldeia Guaporé de Ji-Paraná’ e ‘Palco Giratório’, onde recebemos um tratamento totalmente profissional. Somos recebidos com a atenção e respeito que o artista merece e isto é fundamental para motivar novos atores e atrizes a encarar esta difícil tarefa de fazer cultura em Rondônia”, comenta.
Eulles Lyacon destaca que o incentivo dado pelo Sesc é necessário para criar o hábito de freqüentar o teatro. “Cada evento realizado é o fortalecimento da arte e com isso, vai crescendo o interesse da população e dos próprios artistas em apresentar novos espetáculos”, destaca o ator.
Giovani Berno, ator do grupo Raízes do Porto, também acredita que este papel de fomentar o teatro é fundamental em Rondônia. “Além de incentivar o artista a continuar trabalhando, este apoio do Sesc contribui para a formação de plateia. É um ciclo que se alimenta mutuamente. Os grupos buscam realizar novos trabalhos e o público espera sempre mais”, explica o ator.
Giovani Berno destaca ainda que os vários eventos proporcionados pelo Sesc no Estado como o Amazônia das Artes, o Sesc Itinerante e o Palco Giratório é um motivo a mais para realizar novas produções. “O apoio é muito bom, mas poderia ser maior. Muitos grupos precisam de incentivo para temporadas na Capital e no interior e acredito que o Sesc pode contribuir com isso no futuro. É um processo de conquista que o artista tem que enfrentar. Todo apoio dado é bem vindo mais queremos sempre mais”, completa.
Já para Chicão Santos, ator e diretor do grupo O Imaginário, que faz parte do circuito Palco Giratório 2010 com a peça “As Filhas da Mata”, explica que as ações do Sesc são fundamentais para continuar este trabalho de crescimento cultural do Estado.
“A cada evento novas experiências são trocadas. Artistas de outros Estados chegam e conseguimos também nos inserir no cenário nacional. Essa visibilidade transcende o teatro e atinge todas as expressões artísticas”, destaca Chicão.
Ele explica também que a participação de Rondônia no circuito do Palco Giratório nacional veio na hora certa e tem sido surpreendente a receptividade do público.
“Nosso cenário cultural precisa de muito apoio para atingir visibilidade nacional e participar de eventos assim é necessário para alcançar o respeito e abrir novas portas para os artistas locais”, comenta o ator.
Chicão Santos ressalta que os grupos locais precisam buscar o profissionalismo e a criação de novos espetáculos. “É preciso pensar no teatro como algo que precisa alçar voos e sair do lugar comum. Devemos cada vez mais pesquisar e estudar muito para levar ao público o melhor que podemos. Experiências inovadoras conquistarão mais incentivos e apoios. A produção continua é essencial para mantermos o teatro em Rondônia”, completa.
Este mês de setembro, o Sesc Rondônia realiza o festival Palco Giratório que apresentará 33 espetáculos gratuitos.
Texto: Rose Viegas