sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Violência crescente

Texto escrito para a coluna "Agenda do Repórter", do jornal 'Estadão do Norte'. A coluna é diária, mas os textos escritos por mim, saem apenas nas sextas-feiras.

Publicação - O Estadão do Norte - Edição do dia 24/12/10

Violência crescente

Violência – O termo deriva do latim violentia, que por sua vez é amplo, sendo qualquer comportamento que deriva de vis, força, vigor. É um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. Invade a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. Uso excessivo da força, além do necessário ou esperado. Aplicação de força, vigor, contra qualquer coisa ou ente.

Nos últimos anos, o Brasil entrou para o grupo das sociedades mais violentas do mundo, com altíssimos índices de violência urbana, praticadas nas ruas, como assaltos, seqüestros, extermínio, entre outras. Existem diversas formas de violência, tais como as guerras, conflitos étnico-religiosos e banditismo. Mas uma violência que tem me chamado muita atenção nos últimos dias é a violência racista e preconceituosa.

O que leva um grupo de jovens a atacar outros, pela opção sexual, religião, vestimenta, cores, ou por outro motivo banal qualquer?! Parto do principio que, se isso não invadiu o ‘espaço do próximo’, não diz respeito a ninguém, há não ser a própria pessoa, por conseqüência ninguém pode atacar, partir para a violência contra o outro, invadir a autonomia ou a integridade física ou psicológica do próximo.

Eu prefiro a cor roxa, ao amarelo, mas não é por isso que vou sair agredindo quem gosta do amarelo. As pessoas, a sociedade, têm que aprender a respeitar o próximo e as diversas opiniões e diferenças pessoais. O mundo foi criado à base de diferentes culturas, religiões, etnias, etc, etc, etc.

Acredito que esse aprendizado tem que vir da base familiar. Nos dias de hoje é comum ver famílias desestruturadas, e não estou falando de pais separados, pois tem muitos pais que conseguem criar brilhantemente seus filhos sem estarem propriamente juntos. Até mesmo pai ou mãe, que não tem mais seu parceiro, que educam seus filhos sem maiores problemas. O que estou falando é que, acredito, que a educação familiar precisa ser revista e melhor aplicada. Neste final de ano, é sempre bom revermos nossos conceitos e mudarmos ou pelo menos tentarmos mudar, “para melhor é claro”.

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