quinta-feira, 9 de junho de 2011

Perdendo a juventude

Texto escrito para a coluna "Agenda do Repórter", do jornal 'Estadão do Norte'. A coluna é diária, mas os textos escritos por mim, saem apenas as quintas-feiras.
Publicação - O Estadão do Norte - Edição do dia 02/06/11
Perdendo a juventude
Um dos problemas que tem preocupado algumas autoridades no Brasil é o crescimento no numero de adolescentes grávidas. A falta de informação, de conhecimento sobre o próprio corpo e mudanças hormonais, início precoce da atividade sexual, falta de estrutura familiar, são um dos principais fatores que tem contribuído para o índice de jovens grávidas.
Em Porto Velho quase mil adolescentes entre 15 e 19 anos se tornaram mães precocemente, e já existem registros de gravidez entre meninas de 08 e 10 anos. De acordo com dados da Maternidade Municipal dos 3.860 partos que aconteceram em 2010, 850 foram de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos, o que representa 27,97% do total de partos.
Os transtornos da gravidez na adolescência ganham proporções ainda maiores quando se pensa no crescimento do número de partos feitos no Brasil em meninas com idade entre 10 e 19 anos. O início precoce da vida sexual, falta de uso de métodos anticoncepcionais, uso inadequado deles e falta de dinheiro para adquirir os métodos são algumas das causas mais comuns que, normalmente, aparecem associadas e de acordo com pesquisas estatísticas, não é difícil perceber que, quanto menor a escolaridade, maior o risco de gravidez na adolescência.
São adolescentes que trocaram a brincadeira, os estudos, o aperfeiçoamento profissional, entre diversas outras oportunidades para cuidar de seus filhos, educar, orientar, dedicar sua vida a uma criança, o que provavelmente seria gasto com seus estudos será gasto com os estudos de seus filhos, uma responsabilidade que não tem como medir, tudo isso por falta de orientação e projetos de prevenção.
Quase meio milhão de adolescentes ficam grávidas anualmente no Brasil apesar de campanhas educacionais nas escolas. É necessário um trabalho mais reforçado em informação, através da educação sexual nas escolas, orientação nos postos de saúde, campanhas em meios de comunicação, são diversos os meios que podem ser utilizados com objetivo de prevenir a gravidez na adolescência, evitando assim a evasão escolar, desestabilização familiar, entre outros problemas decorrentes da gravidez indesejada na adolescência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário