segunda-feira, 21 de junho de 2010

Trabalho infantil me incomoda


Texto escrito para a coluna "Agenda do Repórter", do jornal 'Estadão do Norte'. A coluna é diária, mas os textos escritos por mim, saem apenas nas sextas-feiras.

Publicação - O Estadão do Norte - Edição do dia 18/06/10

Trabalho infantil me incomoda

O trabalho infantil é todo o trabalho exercido por crianças e adolescentes que estão abaixo da idade mínima legalmente permitida para o trabalho, de acordo com a legislação de cada país. No Brasil essa idade é de 16 anos, exceto para os trabalhos noturnos, perigosos ou insalubres, para isso é necessário ter acima de 18 anos. Também é permitido o trabalho a partir dos 14 anos no caso de aprendiz.
Geralmente a exploração do trabalho infantil é mais comum em paises subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil. Na maioria das vezes o trabalho infantil acontecer pela necessidade de ajudar financeiramente a família, que em sua maioria são pessoas muito ‘pobres’ com uma grande quantidade de filhos, e é justamente neste ponto que estava querendo chegar.
Sei que o sistema de saúde ainda tem muita deficiência, que as informações ainda são muito complicadas e escassa para um certo grupo da sociedade, mas com tantos métodos de prevenção, como as pessoas ainda podem ter tantos filhos? Mesmo sabendo que não tem condições de sustentar, sabendo que a maioria de seus filhos terá que iniciar a vida trabalhista muito cedo. É possível se prevenir e evitar essa exploração de menores.
Na grande maioria das cidades brasileiras é comum vermos menores nos cruzamentos das vias de grande tráfego de carros, vendendo produtos de pequeno valor. Em Porto Velho o trabalho infantil ainda estava obscuro, em lugares mais apagados, mas com a chegada da Copa do Mundo se tornou mais visível. Neste domingo, 13, passei pela avenida Pinheiro Machado e tinha um garoto em um dos cruzamentos, deveria ter no máximo uns 10 anos de idade. Estava ali, no sinal, vendendo bandeirinha, às 13 horas, sozinho, essa realidade começou a se fazer presente aqui em nossa capital. Em outros diversos pontos também vi essa mesma cena. Sei da necessidade de ajudar a família, mas a família (pais ou responsáveis) deveria ajudar a criança em primeiro lugar.
Cadê os órgãos responsáveis por essa fiscalização?! Volto a bater na tecla, de que é necessário melhorar as políticas publicas, para que essa cena não se torne comum aqui também, como é em outras grandes capitais do Brasil.

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