sábado, 13 de março de 2010

Desenvolvimento sem atendimento


Texto escrito para a coluna "Agenda do Repórter", do jornal 'Estadão do Norte'. A coluna é diária, mas os textos escritos por mim, saem apenas nas sextas-feiras.

Publicação - O Estadão do Norte - Edição do dia 26/02/10.

Desenvolvimento sem atendimento

Nasci em Porto Velho, tenho orgulho de ‘ser daqui’, mas não é por isso que vou concordar com tudo que vejo nessa cidade. Sei que várias pessoas irão me criticar com a opinião que irei emitir, mas me sinto na obrigação de expressar meus sentimentos em relação ao atendimento oferecido na capital. Falo do mau atendimento em diversas áreas, na da saúde, nos órgãos públicos, nas lanchonetes, nas lojas de vestuários, em barzinhos, etc, etc, etc; O mau atendimento está em todos os lugares, e atinge qualquer pessoa.
Quando começou os boatos do “progresso” em Porto Velho, que as Usinas e Shopping iriam melhorar as coisas, fiquei pensativa e confesso que um pouco contente, pensei: Com empresas grandes vindo pra cá, com pessoas de outros estados, trazendo novas culturas, isso deverá trazer algum beneficio para o município. Que engano.
Os atendimentos continuam os mesmos, as empresas que vem de outros estados tem os mesmos atendimentos e às vezes até piores.
Fato: Estava no tão falado shopping e um dos aparelhos daqueles quiosques de sorvete estava em manutenção, uma verdadeira bagunça e mesmo assim a funcionária tinha que permanecer atendendo com a outra máquina, pois, pelo próprio desabafo da funcionaria, ela teria que continuar atendendo para o ‘chefe’ não perder dinheiro.
“Porque não fecha, só enquanto está concertando, isso aqui está uma bagunça, está difícil de atender, não quer perder dinheiro e eu tenho que trabalhar nessa bagunça”, desabafava para o rapaz que concertava a máquina quebrada.
Pensei, a gente vive reclamando do atendimento que recebemos em Porto Velho, reclamamos com garçons, reclamamos com os funcionários das lojas, com os atendentes dos supermercados. Mas vendo a situação daquela moça, tendo que trabalhar em péssimas condições, eu paro pra pensar o porque do mau atendimento em diversos lugares da capital.
Quem será o chefe por traz dos funcionários? Como será o tratamento que esses mesmos funcionários (que trabalham para garantir o funcionamento do local) é tratado? Quais as condições de trabalho?
Reclamamos tanto do mau atendimento, mas não sabemos como os atendentes ‘estão sendo atendido pelos próprios chefes’. Não estou defendendo os maus atendimentos

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Quetila Ruiz
Formada em Jornalismo pela Faculdade Interamericana de Porto Velho - Uniron
Cursando Pós-graduação em Gestão e Planejamento Estratégico de Comunicação
Tel: 9914-2858
E-mail e MSN: quets_ruiz@hotmail.com

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